segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Por coincidência, disse que era a última vez.
E foi.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Coincidências à parte


Sexta-feira, 23h30. Larguei do curso desejando um teletransporte. Mas, não. Tive que ir para a parada esperar meu ônibus e torcer pra ele passar logo. Sim, eles passaram. Foram dois, mas nenhum parou pra mim. Minha cara de acabada não deve ter convencido ninguém mesmo. Na agonia de voltar pra casa, decidi pegar um táxi. Estava só com o valor da passagem na carteira, mas, pela graça de deus, existe uma cooperativa aqui no Rio que te permite pagar a corrida com cartão de crédito. Sem ter como ligar, tive que esperar passar um táxi da cooperativa. Parou um.

-       Boa noite, o senhor aceita cartão?
-       Não...só pra quem pede pelo telefone.
-       Poxa, eu vou pra Tijuca, mas estou sem dinheiro.
-       Entra aí.

Depois de um tempinho estabelecida dentro do automóvel, eis que me dou conta.

-       Já peguei um táxi com o senhor.
-       Foi?
-       Sim, naquele dia que estava eu, meu marido e o amigo dele. Eles foram pra Lapa e o senhor me deixou no Vivo Rio.
-       Poxa! A senhora tem uma memória muito boa, viu? Estou impressionado...ainda mais com tanto táxi que existe aqui no Rio.
-       Eu não costumo me lembrar das coisas não. Mas lembrei do senhor!

Rimos e continuamos a conversa. As coincidências chegam em boas horas. Em um instante eu nem lembrava mais do meu dia cheio e intenso.  

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Minha mala bipolar


Vou tirar férias. Dessa vez, vai ser bem diferente dos outros descansos que já desfrutei. Por que? Você está deve estar se perguntando. Porque serão 15 dias em dois lugares COMPLETAMENTE diferentes. Viajo para Curitiba e, logo depois, para Recife. Ou seja, uma viagem bipolar, uma mala bipolar, um sentimento bipolar. Aliás, essa palavra bipolar está na moda. Não é a toa que a escolhi para ilustrar este post. 

Ainda não arrumei minha mala, mas sei que vai ser bem difícil. Roupa de frio misturada com roupa de calor. É um cachecol alí e um biquíni aqui. Uma meia calça para colocar por dentro do jeans e uma mini-saia para acompanhar uma blusinha regata. Fora isso, ainda tenho um casamento. Desespero total! Então, lá vou eu catar vídeo no youtube para aprender a fazer uma mala direito, senão, meu amigo, não vai caber é nada.

Não tenho uma mala Louis Vuitton. A minha é uma das mais baratinhas da Le Postiche. O que importa, né?


sexta-feira, 15 de junho de 2012


O taxista se declarou.

E não foi pra mim. Foi pro Jorge.

Jorge é aquele tipo de cara que qualquer um comenta, seja para falar mal ou para elogiar. Um dia, na volta para casa com dois amigos do trabalho, o papo foi ele. O papo foi Jorge.

Jorginho era um cara lindo, elegante, peito de pombo e cabeça de galinha. Falava bonito e tinha um olhar estonteante. Já se apaixonou? Ainda tem mais. Loiro, alto, moreno claro e olhos azuis, feito cor de piscina bem tratada com cloro. Por onde passa, as mulheres se abanam e suspiram “Ai, o Jorginho”. 

No calor da conversa, um dos meus amigos fala:

-       “Foda que o Jorginho tinha tudo pra ser um cara rico, bem sucedido. Pena que não soube fazer. Se eu fosse ele, pelo menos, aproveitava para comer todas as mulheres do planeta”, desabafou.

-       “Se ele fosse desenrolado, eu chamava até pra ser o comercial da minha empresa”, interrompeu o outro.

-       “É, o cara é foda mesmo.”

Foi mais de meia hora de Jorginho pra cá, Jorginho pra lá. Todo mundo do carro já era louco por ele, mesmo sem conhecer. Até que chegamos ao nosso destino. Descemos do carro, pagamos a corrida.

-       “Toma aqui o dinheiro. Boa noite”, eu disse.
-       “Aí, faz um favor? Manda um beijo pro Jorge”, declarou-se o taxista.

24 de maio, às 20h30. 

quinta-feira, 19 de abril de 2012


Voltei a ter o equilíbrio do meu corpo
A leveza do movimento
Que transparece até no meu modo de agir com o mundo  
Cai, levanta, gira, roda, pula

Esqueço de todas as dores
De dentro
Fingindo
Lamento, mas estou a dançar

quinta-feira, 29 de março de 2012

Do frevo carioca

Um menino carioca brinca com a sua sombrinha de frevo imaginária.
Por ironia, é um guarda-chuva com as fotos dos pontos turísticos do Rio.
Algumas gotas caem do céu, mas ele faz questão de se molhar para treinar alguns passos da dança recifense e chamar a atenção da mãe, com o seu sotaque da gema. “Mãe, estou dançando frevo, ó!"

Às 20h30, no meu trajeto diário de volta para casa.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Contagem regressiva

A sola do sapato sente a lama pegajosa no chão do coletivo
Logo sobe o cheiro de areia molhada com cerveja
Avistei da janela a sacada de um prédio decorada com garrafas
Sssskol
Eram sete. Uma para cada dia da semana
A contagem regressiva já começou
É carnaval, meu povo
É carnaval!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Já escuto de longe o hino e vejo as palmas no ar

Quando se está longe, os sentidos ficam mais aguçados. 
O ouvido quer ouvir, a boca quer cantar, o olho quer ver e as mãos querem sentir. 
Parece óbvio, mas não é. 

"Olinda, quero cantar,
À ti esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração
De amor a sonhar, minha Olinda sem igual"