quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ah, a nostalgia...

...às vezes, ela é bem gostosa. Adoro me deparar com lembranças fúteis de infância.
Esta semana encontrei com um senhor que tanto marcou as minhas horas de recreio. Subi no ônibus, olhei pra trás e lá estava ele, intacto. O tempo parece que não fuleirou. Continuava o mesmo. Pele um pouco envelhecida, magro, calça beirando o peitoral e óculos de armação grande com lente fundo de garrafa. O nome dele era José. Para os íntimos, apenas Zé.
Zé fazia serviços gerais no colégio em que estudei quando adolescente. Na hora do recreio, eu e meus colegas (meninas também) saíamos para o pátio. Nem sempre Zé estava lá, mas, quando estava, aguentava a gente a pulso. Tínhamos mania de falar perversidades para ele. Os meninos, alguns com um pouco mais de 12 anos, ficavam incumbidos de perguntar: “Zé, tu ainda come tua mulé?”. Ele caía na gargalhada. Apesar do colégio ser religioso, ninguém seguia à risca os bons ensinamentos. A safadeza corria solta durante o intervalo. Zé, baixinho, também contribuía para a putaria juvenil. “Enrugada só minha cara, a pitoca ainda continua firme.”

p.s 1:. Agora eu reconheço como eram felizes as minhas horas de recreio. Obrigada, Zé, por esses momentos de pura depravação.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ilustração: Acioli

Trocou a casa por um balão
O céu, de tão perfeito,
lhe mostrou o caminho do infinito

segunda-feira, 14 de junho de 2010



p.s 1: How do I find myself again?

sexta-feira, 11 de junho de 2010


Ilustração: Acioli

O homem saiu para pescar palavras
Que pena, mas só tinha peixe
Voltou para casa vazio


p.s 1: Acioli é um cara que desenha pra se fuder, além de ser um grande amigo. Recentemente, ele criou um blog para divulgar suas ilustrações. Entra aí http://aciolidesenhos.wordpress.com/