quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ah, a nostalgia...

...às vezes, ela é bem gostosa. Adoro me deparar com lembranças fúteis de infância.
Esta semana encontrei com um senhor que tanto marcou as minhas horas de recreio. Subi no ônibus, olhei pra trás e lá estava ele, intacto. O tempo parece que não fuleirou. Continuava o mesmo. Pele um pouco envelhecida, magro, calça beirando o peitoral e óculos de armação grande com lente fundo de garrafa. O nome dele era José. Para os íntimos, apenas Zé.
Zé fazia serviços gerais no colégio em que estudei quando adolescente. Na hora do recreio, eu e meus colegas (meninas também) saíamos para o pátio. Nem sempre Zé estava lá, mas, quando estava, aguentava a gente a pulso. Tínhamos mania de falar perversidades para ele. Os meninos, alguns com um pouco mais de 12 anos, ficavam incumbidos de perguntar: “Zé, tu ainda come tua mulé?”. Ele caía na gargalhada. Apesar do colégio ser religioso, ninguém seguia à risca os bons ensinamentos. A safadeza corria solta durante o intervalo. Zé, baixinho, também contribuía para a putaria juvenil. “Enrugada só minha cara, a pitoca ainda continua firme.”

p.s 1:. Agora eu reconheço como eram felizes as minhas horas de recreio. Obrigada, Zé, por esses momentos de pura depravação.

5 comentários:

Glauber disse...

hahahahahahahahahahaha

acho que vou ter que tomar aqueles livros que te dei recentemente... não sabia que poderia dar nisso!

=P

amo!

Geraldo de Fraga disse...

Baixaria, hein filha?

Luiz com Z disse...

Santo Zé, homenageado em pleno São João. :)

Por detrás da malha fina disse...

nem sabia que tu tinha blog. vou te seguir, agora! hahaha

Andreane Carvalho disse...

Tenho sim Leozito! Só estou precisando atualizar. hehe. Mas, sempre rola textinho ;)

Beijos!