...às vezes, ela é bem gostosa. Adoro me deparar com lembranças fúteis de infância.
Esta semana encontrei com um senhor que tanto marcou as minhas horas de recreio. Subi no ônibus, olhei pra trás e lá estava ele, intacto. O tempo parece que não fuleirou. Continuava o mesmo. Pele um pouco envelhecida, magro, calça beirando o peitoral e óculos de armação grande com lente fundo de garrafa. O nome dele era José. Para os íntimos, apenas Zé.
Zé fazia serviços gerais no colégio em que estudei quando adolescente. Na hora do recreio, eu e meus colegas (meninas também) saíamos para o pátio. Nem sempre Zé estava lá, mas, quando estava, aguentava a gente a pulso. Tínhamos mania de falar perversidades para ele. Os meninos, alguns com um pouco mais de 12 anos, ficavam incumbidos de perguntar: “Zé, tu ainda come tua mulé?”. Ele caía na gargalhada. Apesar do colégio ser religioso, ninguém seguia à risca os bons ensinamentos. A safadeza corria solta durante o intervalo. Zé, baixinho, também contribuía para a putaria juvenil. “Enrugada só minha cara, a pitoca ainda continua firme.”
p.s 1:. Agora eu reconheço como eram felizes as minhas horas de recreio. Obrigada, Zé, por esses momentos de pura depravação.
5 comentários:
hahahahahahahahahahaha
acho que vou ter que tomar aqueles livros que te dei recentemente... não sabia que poderia dar nisso!
=P
amo!
Baixaria, hein filha?
Santo Zé, homenageado em pleno São João. :)
nem sabia que tu tinha blog. vou te seguir, agora! hahaha
Tenho sim Leozito! Só estou precisando atualizar. hehe. Mas, sempre rola textinho ;)
Beijos!
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