sábado, 25 de setembro de 2010

Faz sentido

Olhares misteriosos
Um falo calado
O toque que falta
O sorriso de lado
Medo de querer
Sensações libertinas
A aproximação que faltava
As idéias enroladas que findam

Tudo poderia ser mais simples
Desejos poderiam vencer sem esforços
E sem ruídos
Mata
Mata-me
O silêncio da espera
É a trilha sonora que paira
Mentes exaltadas
Falta sentido no momento
Ou falta momento no sentido?

E depois de tanto
Apenas corpos entrelaçados
Não sabem de onde vieram
Nem muito menos para aonde vão
Apenas em sintonia
Isso é o que importa
Suspiros invejosos
Risos de alívio...

...

A volúpia contida se foi
Agora, resta só o carinho
Resta só o perdão
Resta o resto deixado pelos cantos
Resta a sinceridade
Além do afeto que demonstra a falta
Até a saudade bater novamente
E o sentido se fazer existir

P.s1: Esse texto estava sem sentido entre os meus arquivos. Resolvi dar um sentido para ele.

3 comentários:

Anette Alencar disse...

gostei, gostei muito! Gostei do falo calado... e, nesse caso, o silêncio palavra.

Muito bom!

Geraldo de Fraga disse...

Gostei mais da parte: "Tudo poderia ser mais simples. Desejos poderiam vencer sem esforços. E sem ruídos."

Glauber Lemos disse...

me sinto um ausente tentando restabelecer o vínculo o qual nunca deveria ter deixado romper-se... mas volto ao armário dos textos pra contemplar as belas palavras da mais bela criatura que já tive notícias =)

e quão belo anda, também, o blogo desta pequena grande mozão!!

=*